O que a série “Succession” ensina sobre processos sucessórios

O que a série “Succession” ensina sobre processos sucessórios
Especialistas em carreira dão dicas de como empresas e líderes devem se preparar para a sucessão

Sucessões não costumam ser simples. É comum que a operação seja marcada por disputas acirradas, conflitos e frustrações, especialmente quando muitas pessoas na companhia almejam o mesmo cargo. E é justamente sobre o processo sucessório de uma empresa familiar que se debruça a série “Succession”, exibida pela HBO e pela HBO Max.

O drama com toques de humor ácido está atualmente em sua quarta e última temporada, e mostra a relação do fundador e presidente de um conglomerado de mídia e entretenimento com seus quatro filhos. No centro do jogo está o cargo ocupado pelo pai, disputado pelos irmãos e cobiçado por pessoas em volta. A produção é permeada por reviravoltas e diálogos perspicazes, e foi vencedora dos principais prêmios da televisão norte-americana, tendo angariado inúmeros fãs ao redor do mundo.

Rose Russowski, diretora da empresa de recrutamento e seleção LHH no Rio Grande do Sul, afirma que não é de se estranhar a imensa repercussão de “Succession”: “A história traz à tona três assuntos universalmente polêmicos que todos nós nos identificamos desde que a humanidade existe: família, disputas entre irmãos e poder”.

“A série traz muitos ensinamentos relacionados ao mundo dos negócios, além de lições sobre empresas familiares, principalmente em relação a valores e comportamentos”, observa Karin Parodi, sócia-diretora da Career Group, empresa especializada em planejamento de carreira.

Uma das principais situações retratadas pela narrativa é a inadequação dos membros da família para assumir o negócio. Parodi lembra que isso é comum na vida real: “O desafio das empresas familiares é não destruir o valor da companhia, mas os herdeiros podem não ter as mesmas competências, características e preparo da geração anterior para serem os sucessores e tocarem com maestria a organização”.

A figura do pai, por sua vez, também é capaz de gerar problemas para os filhos que irão presidir a empresa no futuro. Na série, por exemplo, o ego, a vaidade e falta de empatia do patriarca impactam negativamente as relações familiares e a cultura da empresa, como analisa Parodi. “As tramas e intrigas atingem diretamente o negócio e levam a empresa a correr sérios riscos de perdas financeiras e de imagem”, comenta.

Com base nos conflitos apresentados pela série, as especialistas comentam como as empresas devem tratar o tema da sucessão e o que os líderes podem fazer para se preparar para a fase transitória:

  1. Encare como estratégia

Russowski defende que a sucessão seja uma preocupação constante da liderança, podendo entrar como uma meta do líder, pois é base da continuidade do negócio. No caso de grandes empresas, o tema deve ser discutido nos fóruns de governança junto ao conselho e aos comitês, e acompanhado como um risco corporativo. “Uma sucessão não planejada pode colocar toda uma organização em colapso, como já vimos acontecer muitas vezes na vida real”, alerta.

  1. Prepare os possíveis sucessores

“A tríade avaliação, feedback e plano de desenvolvimento individual é primordial”, pontua Russowski. Segundo ela, os futuros candidatos à cadeira precisam vivenciar processos de avaliação e feedbacks contínuos para ampliar o autoconhecimento. Além disso, também é interessante participar de ações de desenvolvimento por meio de coachings, mentorias e aquisições de novas habilidades e conhecimentos.

  1. Pense no futuro

Toda a sucessão precisa ser pensada a partir da posição que será sucedida e os desafios dessa função tendo como pano de fundo a estratégia da empresa para os próximos anos, destaca a especialista. “É preciso avaliar em quais mercados a companhia está e quer seguir, em quais deseja entrar ou se consolidar e quais produtos serão ou não priorizados”.

  1. Discuta a decisão

“Quando família, emoções, conflitos e negócios se misturam, o resultado é desastroso”, afirma Parodi. Por isso, as especialistas concordam que a decisão sobre o sucessor não deve ser de responsabilidade única de quem vai ser sucedido. “O ideal é que exista uma discussão colegiada com outras lideranças e o RH para ampliação dos pontos de vista”, recomenda Russowski.

  1. Busque apoio especializado

Parodi acredita que o grande segredo para que a transição seja bem-sucedida é contar com o apoio profissional de consultores especializados em vez de deixar questões pessoais dominarem o processo sucessório. “É importante criar uma política de governança voltada ao negócio e que preserve a perpetuidade da empresa”, ressalta. “Muitas pessoas, por vaidade, ego ou cobiça não se dão conta do impacto causado pelas relações de poder que acabam destruindo a organização”, comenta.

Fonte: Valor Econômico – Fernanda Gonçalves.

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O Segredo da Organização

Como se diz no meio empresarial: “A propaganda é a alma do negócio.”, então eu posso afirmar que: “A organização é o espírito do negócio.” e que o grande segredo da prosperidade empresarial é ser organizado, mais qual a receita?

Aqui também se aplica as máximas usadas na antiga psicologia: “Cada caso é um caso!” e “Cada cabeça uma sentença”, mas vamos arriscar algumas orientações importantes:

  1. Acorde uma hora mais cedo todos os dias para se dedicar a organização e reflexão de seus projetos e compromissos, a disciplina é importante e quando der o tempo (1 hora) pare e volte ao trabalho, não se deixe levar pelo entusiasmo do novo e sim pela tradição do fazer;
  2. invista em equipamentos e recursos de informática atualizados, fontes de informações confiáveis para análise e tomada de decisões, uma agenda ou caderno vai ser útil nesta etapa;
  3. escreva tudo o que precisa planejar e executar de forma ordenada dando satisfação a si mesmo quanto as conquistas e frustrações, nesse caso é difícil se autoavaliar mas é importante e se estiver errado não seja complacente com você mesmo, faça o que for melhor para os negócios;
  4. mensure tudo o que puder com quantidades e valores, use a matemática a seu favor, perceba que é uma das ferramentas mais importantes para quem quer prosperar nos negócios, depois do português é claro;
  5. aprenda e aplique técnicas de administração (estratégia e decisão) e contabilidade (controle dos custos e resultados econômicos) e saiba que são coisas distintas e que devem ser aplicadas separadamente embora a análise final seja conjunta;
  6. entenda que o mundo e o tempo joga a seu favor e que algumas realizações são lentas e outras demoradas, mas que ao seu tempo acontecerão como planejou ou mostrarão a forma correta de realizar;
  7. não esqueça de cuidar da saúde e desenvolver hábitos saudáveis e divertidos, afinal ter prosperidade nos negócios e não ter saúde é não usufruir do que conquistou é o mesmo que nadar, nadar e morrer na praia;
  8. esteja em dia com suas dívidas e impostos, sempre existe uma forma de negociar e ficar em uma situação confortável, fuja das situações em que não consiga negociar ou sair de dificuldades financeiras, ser rico é gastar o que se ganha menos 10% do que economizou.
  9. seja sempre profissional quando negociar, esteja atendendo alguém no balcão ou em uma reunião para a compra do concorrente, esqueça que tem pai, mãe, irmão e principalmente amigos, quando seus negócios não vão bem só terá uma pessoa que poderá ajudar, você mesmo;
  10. sinta-se rico, sinta-se capaz de ter como pagar, mesmo que seja o ônibus para o trabalho ou o combustível do iate, ser rico é um estado de espírito, assim como o espírito do negócio é a organização inteligente.

Ao aplicar essas orientações com disciplina e ordem perceberá que a cada dia terá dado passos importantes para o sucesso empresarial, e que mesmo tendo outras preocupações, hábitos salutares como esses serão permanente e aplicáveis a todos os momentos de sua vida pessoal e empresarial.

Prof. Sebastião Vitorino Almeida

Santos, 09:51 05/04/2018

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